Capítulo 01 - Condenação

Xx. – Declaro que Lanore Fleck seja condenada!
            A juíza bateu o martelo, fazendo com que o som ecoasse em meus ouvidos.
Lanny – Pai! Pai! Pai não fui eu! SOU INOCENTE! – Eu gritava enquanto via, de relance, meu pai com as mãos entre as pernas e a cabeça baixa.
            E sem êxito, me calei e fui encaminhada até uma viatura. Não sabia por que estava indo para o reformatório. Ou sabia?
            Por incrível que pareça, minhas malas já estavam na viatura. No bolso, tinha minhas fiéis lâminas.
            Enfim, eu sou Lanore Fleck, tenho 16 anos, sem mãe, pai decepcionado, cortes nos pulsos, e acabo de ser condenada por assassinato!
            A viatura estava na estrada, estava se distanciando de tudo e de todos. Minhas mãos? Algemadas! Estava um tempo chuvoso. E de todos os lados havia árvores. O reformatório era distante, no meio de uma floresta.
            Assim que chegamos percebi que o reformatório era maior do que pensava. Parecia mais um castelo, tinha uma estradinha que levava até a entrada, muitas janelas. Não parecia um reformatório.
            Antes, eu costumava ter amigas, costumava ser feliz. Minha mãe morreu quando tinha 10 anos, aos 11, comecei a me cortar. Minhas amigas eram meu porto seguro, a Carol e a Kath. Nem elas eu devo ter mais. Fui condenada e perdi minhas amigas. Vi a cara de decepção delas. Isso me deixou triste, mas não arrependida!
            Finalmente a viatura parou na frente do portão de ferro. Tiraram-me do carro e me conduziram para dentro. Um local mofado e úmido.
            Um dos policiais deixou as malas ao meu lado enquanto o outro me soltava das algemas. Eles foram embora, me deixando sem rumo. Outra vez.
            Do nada e não sei da onde, surgiu uma mulher baixinha, cabelo curto e liso, ruiva e gordinha. Ela me encarava com cara de brava.
Xx. – Lanore? Lanore Fleck? – Ela conferia a prancheta.
L. – Sim, sou eu. – Falei arrogante. O que eu menos queria agora era ser simpática.
Xx. – Eu sou Tilde. E eu sou inspetora deste lugar. Preciso do seu celular – ótimo, sem comunicação. – Agora! – Ela falou estendendo o braço. Enfiei a mão no bolso e entreguei meu celular a Tilde. – Obrigada, me acompanhe.
            Comecei a acompanhar Tilde por corredores ainda desconhecidos. Entramos em um corredor com portas numeradas.
Tilde – Esse é o seu quarto. Aproveite. – Disse sínica. Não respondi. Ela me entregou a chave e desapareceu em meio dos corredores.
            Estava com frio na barriga, coloquei a chave na fechadura e abri a porta. O quarto era simples, bem simples. Tinha uma cama de solteiro de madeira, lençóis brancos, com um travesseiro. Paredes cinza, sem detalhes. E havia uma janela, trancada! Droga! Tinha um banheiro pequeno, mas do tamanho suficiente
para uma pessoa.
            Arrumei minhas roupas em uma pequena cômoda só de gavetas. Depois de arrumar, resolvi tomar um banho. No bolso, lembrei que tinhas minhas lâminas. Assim que entrei no banheiro as peguei e comecei a passar por meus pulsos, vendo o sangue sair. Já estou tão acostumada que nem sinto dor...
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  Heeeeeeeey Pessoas!! Tudo bem com vocês?
    Gostaram? Querem que eu continue?? *--*


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